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SAIBA TUDO SOBRE A ILPF (INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUARIA-FLORESTA) E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA!

A integração lavoura-pecuária-floresta, também conhecida por ILPF, é um sistema de produção que une o cultivo de culturas agrícolas, produção de animais e o plantio de espécies florestais, tudo ocorrendo em uma mesma área. As diferentes atividades podem ser consorciadas, rotacionadas ou em sucessão.

É um sistema que busca um efeito benéfico e conjunto de todas as atividades, fazendo-se o uso otimizado dos ciclos biológicos dos animais e vegetais e uma melhor utilização dos insumos e resíduos da produção. Métodos sustentáveis competitivos têm sido estudados para serem adequados às diferentes realidades de produção das regiões brasileiras. É um sistema de produção que pode ser utilizado por todos os produtores em áreas de qualquer porte (pequena, média ou grande).

Vantagens da ILPF

Existem muitas vantagens na adoção do sistema de ILPF, elas podem ser tecnológicas, ecológicas, econômicas e sociais. Algumas podem ser encontradas a seguir:

  • Auxilia no reestabelecimento de áreas que foram degradadas;
  • Manutenção ou renovação da cobertura florestal;
  • Geração de emprego e renda;
  • Adequação da propriedade à legislação ambiental;
  • Propicia uma melhor conservação dos recursos hídricos;
  • Abrigo para inimigos naturais de insetos-praga e doenças;
  • Fixação do carbono;
  • Reciclagem de nutrientes;
  • Melhorias das características do solo.

A integração Lavoura-Pecuária-Floresta pode ser dividida em 4 tipos principais:

Integração lavoura-pecuária (ILP) ou Agropastoril

Composto por lavoura e pecuária. Pode ser em rotação, consórcio ou sucessão na mesma área. Pode ser feito em um ano agrícola ou anos consecutivos.

Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) ou Agrossilvipastoril

Ocorre quando, na mesma área, é implantada lavoura, pecuária e floresta. Pode ser em rotação, consórcio ou sucessão. Geralmente, adota-se a lavoura no ciclo inicial de desenvolvimento da floresta.

Integração pecuária-floresta (IPF) ou Silvipastoril

Sistema composto por pecuária e floresta em consórcio.

Integração lavoura-floresta (ILF) ou Silviagrícola

Neste sistema ocorre a implantação de floresta e lavoura em uma mesma área. As culturas podem ser consorciadas com espécies de árvores, como Eucalipto por exemplo, e com culturas agrícolas anuais ou perenes. A lavoura pode ser utilizada na fase inicial de implantação do sistema florestal ou em ciclos durante o desenvolvimento do sistema.

Um dos tipos mais utilizados é o Lavoura-Pecuária (ILP). Pode ser implantado utilizando-se diferentes culturas agrícolas e forrageiras. Este sistema é conduzido da seguinte forma: consorciação de espécies agrícolas com forrageiras na safra ou safrinha. Após a colheita da cultura agrícola, a forrageira permanece na área de 4 meses a 4 anos. A palhada resultante da pastagem é a base para o plantio direto da cultura agrícola do novo ciclo de rotação.

É um sistema de produção que requer maior conhecimento e tecnificação do produtor para que seja bem sucedido e resulte em maior rentabilidade na área. Inicialmente, é preciso ser realizado um estudo na propriedade para verificação das características agronômicas e de zoneamento de risco agroclimático da região. Também devem ser levados em consideração fatores como: experiência, preferências do produtor e características do mercado regional.

Na ILP costuma-se utilizar milho ou sorgo, como cultura agrícola principal, consorciada com uma gramínea forrageira como Brachiaria spp e Panicum maximum. O uso consorciado tem como vantagem a antecipação do estabelecimento da forrageira que poderá ser usada como palhada, num sistema de plantio direto (SPD) ou para alimentação animal. Para minimizar os efeitos da competição das pastagens, pode-se utilizar o plantio defasado, onde a forrageira é semeada de 15 a 30 dias depois da cultura agrícola. Outra técnica utilizada é a aplicação de subdoses de herbicidas para reduzir a competição do capim com a cultura agrícola.

É importante alternar as espécies forrageiras a serem utilizadas ao longo dos anos, pensando-se no equilíbrio do sistema, a fim de se evitar a ocorrência de pragas e/ou doenças.

O sistema ILP torna possível a produção agropecuária durante todo o ano. Para exemplificar, pode-se plantar soja na safra principal de verão, milho na safrinha consorciado com uma gramínea forrageira como, por exemplo, a braquiária e após colheita, uso da forrageira para pastejo dos animais ou produção de feno.

A utilização da pastagem por um período curto pode ser direcionada a atividades de cria, recria ou engorda dos animais. Por meio deste sistema, o produtor além de melhorar sua rentabilidade na exploração da atividade agropecuária, ainda reduz os riscos inerentes ao seu negócio, já que desta forma não dependerá mais de uma única atividade. Possibilita, ainda, distribuir os custos fixos de produção para as diferentes atividades que irá desenvolver na área, garantindo ainda o trabalho no campo durante todo o ano.

Este sistema ainda proporciona melhorias quanto às características físicas e químicas do solo, e redução da infestação de pragas, doenças e plantas daninhas, tudo isto graças também à rotação das culturas. Outra vantagem, pensando-se na formação de uma pastagem no final do ciclo de produção (final de verão, início do outono) de uma área de soja, por exemplo, é que a pastagem recém formada consegue se manter verde e de boa qualidade no período da seca, garantindo o ganho de peso do rebanho em uma época que costuma ser difícil a produção dos animais a pasto.

Desta forma, a adoção do sistema de ILPF nas propriedades agrícolas pode trazer muitos benefícios para o agricultor e/ou pecuarista. No entanto, requer maior planejamento e conhecimento técnico. É essencial consultar um Engenheiro Agrônomo para esclarecer todas as dúvidas e conduzir o processo de produção da maneira correta, pois as maneiras podem ser várias, e devem se adequar a propriedade onde pretende-se instalar o sistema.

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