Pular para o conteúdo principal

HORIZONTES DO SOLO | Saiba a importância da composição do solo e a sua relação com a produtividade agricola!

O solo é composto por três fases distintas: sólido, que compreende matéria orgânica e inorgânica; líquido, que é a solução do solo ou água do solo; e gasoso, que é o ar do solo. As matérias orgânica ou inorgânica compreendem partículas minerais do solo, originadas do intemperismo da rocha, ou seja, da sua desintegração.

Onde um corte recente de estrada ou escavação expõe perfis verticais do solo, frequentemente notam-se camadas denominadas horizontes. Um perfil de solo generalizado, e um tanto simplificado, tem quatro divisões principais, além do R (Rocha Consolidada) e do E , são eles: Horizontes O, A, B e C, o horizonte A tem duas subdivisões (A1 e A2).

Tipos de horizontes do solo

  • Horizonte O – Camada com alta presença de matéria orgânica, água, animais e plantas.
  • Horizonte A – Mais escura por possuir matéria orgânica, água e sais minerais.
  • Horizonte B – Acumula sais minerais e materiais dos horizontes O e A, possui presença maior de ar.
  • Horizonte C – Constituído por fragmentos de rochas desintegradas do horizonte D; grande presença de ar.
  • Horizonte D ou R – Rocha matriz ou originária do solo.

Características de cada tipo de horizonte de solo

Alinhados em ordens descendentes a partir da superfície do solo, os horizontes e suas características mais proeminentes são como se segue:

O – Primordialmente depósitos de matéria orgânica morta. A maioria dos organismos do solo habita esta camada (conhecida genericamente como serrapilheira, pode também de dividir em O1 e O2, a primeira é constituída por restos vegetais recém-caídos, a segunda tem um aspecto esponjoso, semidecomposto, e geralmente está associada a uma malha de raízes).

A1- Uma camada rica em húmus, que consiste em material orgânico parcialmente decomposto misturado com solo mineral.

A2– Uma região de intensa lixiviação de minerais do solo. Devido aos minerais serem dissolvidos pela água (mobilizados) neta camada, as raízes das plantas estão concentradas aqui.

B- Uma região de pouco material orgânico cuja composição química assemelha-se aquela da rocha subjacente. Minerais de argila e óxidos de alumínio e fero são lixiviados para fora do horizonte A2, acima são eventualmente depositados aqui.

C- Principalmente material levemente modificado semelhante à rocha matriz. Carbonatos de cálcio e magnésio acumulam-se nesta camada, especialmente em regiões secas, algumas vezes formando camadas duras e impermeáveis.

E- Horizontes eluviais empobrecidos em partículas de dimensão argilosa. Encontram-se, geralmente, sob o horizonte A; apresentam, devido à migração das partículas finas, uma concentração relativa de constituintes maiores, como os siltes e as areias; apresentam cores mais claras do que a dos horizontes subjacentes; sua estrutura é geralmente contínua, fragmentar, pouco evoluída; seu pH é normalmente ácido, por ser destituído das bases.

Os horizontes de solo demonstram a crescente influência do clima e dos fatores bióticos com o aumento da profundidade. Crítico para a formação do solo é o movimento dos elementos minerais para cima e para baixo através do perfil do solo. Porém, antes de considerar este processo em detalhe, examinaremos a modificação inicial da rocha matriz e como ela influencia as características do solo.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TABELAS DE INTERPRETAÇÃO DE ANÁLISE DE SOLO

Quantidade Ideal de Macronutrientes Primários para o Solo Agrícola Funções dos Macronutrientes Primários Nitrogênio (N): Responsável pelo crescimento vegetativo das plantas, atua na formação de proteínas e clorofila, essenciais para a fotossíntese. Fósforo (P): Fundamental para o desenvolvimento radicular, formação de sementes e frutos, e participa do armazenamento e transferência de energia (ATP). Potássio (K): Ajuda na regulação estomática, balanço hídrico, e aumenta a resistência a pragas e doenças. Tabela de Quantidades Ideais de Macronutrientes Primários Cultura Nitrogênio (N) (kg/ha) Fósforo (P2O5) (kg/ha) Potássio (K2O) (kg/ha) Milho 120 – 180 60 – 90 70 – 120 Soja 20 – 30* 50 – 80 60 – 100 Trigo 90 – 120 40 – 60 30 – 60 Cana-de-açúcar 80 – 120 50 – 100 120 – 180 Café 120 – 200 100 – 250 120 – 200 Arroz Irrigado 80 – 120 40 – 60 30 – 60 Hortaliças 100 – 200 80 – 150 100 – 200 Frutíferas 100 – 150 60 – 120 100 – 200 *Na soja, a maior parte do nitrogênio é fixada biologicame...

COMO USAR A PLANILHA DE RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO E CALAGEM

Como Fazer Recomendação de Adubação e Calagem com Precisão Usando Nossa Planilha Inteligente Se você é produtor rural, técnico agrícola, engenheiro agrônomo ou estudante de ciências agrárias, já deve ter passado por isso: receber uma análise de solo do laboratório e não saber exatamente o que fazer com aqueles dados . A boa notícia é que agora você não precisa mais quebrar a cabeça ! Desenvolvemos uma planilha prática, atualizada e automatizada que realiza a recomendação completa de adubação e calagem para as principais culturas do Brasil — e o melhor: de forma simples, rápida e precisa. Por que é importante interpretar corretamente a análise de solo? Interpretar corretamente uma análise de solo é o primeiro passo para garantir uma nutrição equilibrada das plantas, evitar desperdícios com adubos e corretivos e, principalmente, aumentar a produtividade e rentabilidade da lavoura . No entanto, muitos produtores ainda têm dúvidas ao tentar transformar os números da análise em açõ...

APRENDA O CÁLCULO DE APLICAÇÃO DE NPK PARA AS PRINCIPAIS CULTURAS AGRÍCOLAS

  A adubação correta é um dos fatores essenciais para o sucesso de qualquer cultura agrícola. O NPK, que representa os macronutrientes Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), é fundamental para o desenvolvimento das plantas. No entanto, a quantidade correta a ser aplicada varia conforme a cultura, o tipo de solo e a fase de crescimento da planta. Neste artigo, vamos explicar como calcular a aplicação ideal de NPK para algumas das principais culturas agrícolas do Brasil. 1. Como calcular a aplicação de NPK? Para calcular a necessidade de NPK, é essencial seguir três passos: Análise de solo – Fundamental para conhecer os teores de nutrientes já presentes e as deficiências a serem corrigidas. Recomendação técnica – Cada cultura possui uma exigência específica de NPK, que pode ser encontrada em boletins técnicos ou manuais de fertilização. Cálculo da dose – A partir da necessidade da cultura e dos resultados da análise de solo, calcula-se a quantidade exata de fertilizante a ser...