Pular para o conteúdo principal

APRENDA TODOS OS TIPOS E CARACTERÍSTICAS DE SISTEMAS HIDROPÔNICOS PRESENTES NA AGRICULTURA!

O cultivo hidropônico, também chamado de hidroponia, consiste na produção de plantas sem que haja contato entre elas e o solo. Nesse caso, as raízes ficam submersas em uma solução nutritiva que contém todos os elementos necessários considerando a espécie cultivada, o estágio de crescimento dela, a temperatura e a iluminação do ambiente.

Essa técnica ganha cada vez mais espaço no Brasil, principalmente no cultivo de hortaliças, em que a alface é a mais produzida por meio do sistema. Além disso, também é possível produzir legumes, flores, frutas, cereais, plantas medicinais e até mesmo forragem animal, provando que se trata de uma prática versátil e com boa rentabilidade.

Justamente por isso, o cultivo hidropônico tem sido usado com frequência tanto em hortas caseiras como em produções comerciais. Embora tenha um custo alto de implementação, já que é necessário investir em uma estrutura específica, ao longo do tempo, esse sistema pode oferecer uma redução nos custos, pois os gastos com mão de obra são menores e não há preparo do solo.

Tipos de sistemas hidropônicos

Embora, de forma geral, a hidroponia seja conhecida como o cultivo na água, existem várias formas de implementar esse método, inclusive sem que as raízes fiquem submersas na solução líquida. Na verdade, há diversos tipos de sistemas hidropônicos, que podem ser classificados como estáticos ou dinâmicos e fechados ou abertos.

Quando um cultivo hidropônico é estático e fechado, isso significa que a solução nutritiva utilizada para manter as plantas não circula pelo sistema: ela permanece parada junto ou próxima às raízes e não retorna ao reservatório. Já quando se trata de um cultivo dinâmico e aberto, essa solução se movimenta pelo sistema e volta ao reservatório após essa circulação. Conheça os principais tipos de sistemas hidropônicos:

Sistema floating: nesse cultivo, as plantas flutuam sobre a solução nutritiva, com as raízes submersas nela. Geralmente, usa-se uma placa de isopor em cima do reservatório com o líquido, acomodando as mudas em pequenos furos. Nesse sistema, é necessário trocar a solução periodicamente e fazer a oxigenação dela constantemente. Trata-se de uma boa opção para áreas com calor intenso.

Sistema de pavio: trata-se de um cultivo mais voltado ao uso doméstico, principalmente em vasos decorativos, em que o sistema é estático e fechado. Nesse caso, um pavio conecta o vaso de planta a um reservatório contendo a solução nutritiva. É por esse pavio que a solução sobe, por meio de um fenômeno conhecido como capilaridade, e nutre o vegetal.

Sistema NFT (Nutrient Film Technique): este é o tipo de cultivo hidropônico mais utilizado e consiste no uso de uma motobomba, acionada por meio de um temporizador, que faz a solução circular por todo o sistema e voltar ao reservatório conforme o tempo definido pelo produtor. É preciso trocar a solução e desinfectar os tubos e o reservatório com frequência.

Sistema de subirrigação: nesse modelo, também se utiliza uma motobomba e um temporizador para que a solução nutritiva irrigue as raízes das plantas periodicamente, em geral, de duas a três vezes por dia, o que depende das necessidades da cultura produzida e também das características do ambiente. Depois de circular, a solução volta ao reservatório.

Sistema de gotejamento: nesse caso, as plantas são acomodadas em substrato e há gotejadores sobre a superfície desse material, junto ao pé das mudas, que são acionados por um temporizador. Embora não haja o contato das raízes com a solução como nos outros sistemas, esse também é um cultivo hidropônico, pois os nutrientes vêm única e exclusivamente do líquido nutritivo.

Sistema de aeroponia: esse modelo é o mais avançado em relação à tecnologia e, por isso, também é o que exige mais investimento. Nesse caso, as plantas são suspensas em uma câmara, cujo interior, onde ficam as raízes, é escuro e recebe a nebulização da solução nutritiva periodicamente. Do lado de fora, ficam as partes aéreas das mudas, que recebem luz natural ou artificial.

Para escolher o sistema de cultivo hidropônico ideal para você, é preciso considerar as características e necessidades da cultura que pretende produzir, as condições de clima na sua região, os cuidados que cada um dos modelos demanda, já que alguns exigem mais manutenção do que outros e, ainda, o orçamento disponível para investir nessa técnica.

O indicado é consultar um profissional especializado, que possa ajudar você a definir qual é o melhor sistema. Além disso, especializar-se nessa prática é fundamental para que os resultados sejam bons, já que, apesar de ser um modelo cada vez mais utilizado, a hidroponia tem várias particularidades que demandam muita atenção e cuidado.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TABELAS DE INTERPRETAÇÃO DE ANÁLISE DE SOLO

Quantidade Ideal de Macronutrientes Primários para o Solo Agrícola Funções dos Macronutrientes Primários Nitrogênio (N): Responsável pelo crescimento vegetativo das plantas, atua na formação de proteínas e clorofila, essenciais para a fotossíntese. Fósforo (P): Fundamental para o desenvolvimento radicular, formação de sementes e frutos, e participa do armazenamento e transferência de energia (ATP). Potássio (K): Ajuda na regulação estomática, balanço hídrico, e aumenta a resistência a pragas e doenças. Tabela de Quantidades Ideais de Macronutrientes Primários Cultura Nitrogênio (N) (kg/ha) Fósforo (P2O5) (kg/ha) Potássio (K2O) (kg/ha) Milho 120 – 180 60 – 90 70 – 120 Soja 20 – 30* 50 – 80 60 – 100 Trigo 90 – 120 40 – 60 30 – 60 Cana-de-açúcar 80 – 120 50 – 100 120 – 180 Café 120 – 200 100 – 250 120 – 200 Arroz Irrigado 80 – 120 40 – 60 30 – 60 Hortaliças 100 – 200 80 – 150 100 – 200 Frutíferas 100 – 150 60 – 120 100 – 200 *Na soja, a maior parte do nitrogênio é fixada biologicame...

COMO USAR A PLANILHA DE RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO E CALAGEM

Como Fazer Recomendação de Adubação e Calagem com Precisão Usando Nossa Planilha Inteligente Se você é produtor rural, técnico agrícola, engenheiro agrônomo ou estudante de ciências agrárias, já deve ter passado por isso: receber uma análise de solo do laboratório e não saber exatamente o que fazer com aqueles dados . A boa notícia é que agora você não precisa mais quebrar a cabeça ! Desenvolvemos uma planilha prática, atualizada e automatizada que realiza a recomendação completa de adubação e calagem para as principais culturas do Brasil — e o melhor: de forma simples, rápida e precisa. Por que é importante interpretar corretamente a análise de solo? Interpretar corretamente uma análise de solo é o primeiro passo para garantir uma nutrição equilibrada das plantas, evitar desperdícios com adubos e corretivos e, principalmente, aumentar a produtividade e rentabilidade da lavoura . No entanto, muitos produtores ainda têm dúvidas ao tentar transformar os números da análise em açõ...

APRENDA O CÁLCULO DE APLICAÇÃO DE NPK PARA AS PRINCIPAIS CULTURAS AGRÍCOLAS

  A adubação correta é um dos fatores essenciais para o sucesso de qualquer cultura agrícola. O NPK, que representa os macronutrientes Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), é fundamental para o desenvolvimento das plantas. No entanto, a quantidade correta a ser aplicada varia conforme a cultura, o tipo de solo e a fase de crescimento da planta. Neste artigo, vamos explicar como calcular a aplicação ideal de NPK para algumas das principais culturas agrícolas do Brasil. 1. Como calcular a aplicação de NPK? Para calcular a necessidade de NPK, é essencial seguir três passos: Análise de solo – Fundamental para conhecer os teores de nutrientes já presentes e as deficiências a serem corrigidas. Recomendação técnica – Cada cultura possui uma exigência específica de NPK, que pode ser encontrada em boletins técnicos ou manuais de fertilização. Cálculo da dose – A partir da necessidade da cultura e dos resultados da análise de solo, calcula-se a quantidade exata de fertilizante a ser...