A importância de conhecer as etapas da coleta de solo se dá pelo fato de que, para avaliar a fertilidade do terreno onde uma lavoura está ou será instalada a amostragem é o primeiro passo.
Desta forma, com a coleta de solo e posterior análise química você poderá dimensionar a adubação, determinar a acidez ou ainda, a salinidade do solo.
Com esses dados em mãos você poderá fazer com maior precisão os ajustes necessários com fertilizantes, calagem e gessagem com o objetivo de obter a maior produtividade da lavoura.
O sucesso da lavoura depende da correta amostragem do solo
Para se ter uma noção da importância da amostragem de solo, a porção coletada representará a fertilidade do solo de um volume bilhões de vezes maior. A tarefa de coleta de solo deve ser rigorosamente executada, pois o erro de amostragem irá prejudicar o sistema de cultivo.
Como se dá o plano para a coleta de amostras de solo
Primeira ação: dividir sua área em glebas ou talhões semelhantes
Separar as glebas ou talhões semelhantes (máximo de 30 a 40 hectares), com semelhanças na declividade da área, na cor do solo, textura (arenoso ou argiloso) e cultivo.
Atenção: Quando se observa discrepâncias na aparência, declividade e/ou drenagem, no tipo de cultura, no cultivar e a produtividade da área, recomenda-se que se faça a amostragem de solo separadamente!
Segunda ação: selecionar os equipamentos necessários
Para realizar a amostragem manual, utiliza-se um dos seguintes equipamentos: trado (holandês ou de rosca), pá de corte, enxadão ou sonda.
Os mais utilizados são a pá de corte, trado holandês, este mais indicado para coletas em profundidades, e o trado de rosca, aconselhado para solos arenosos ou úmidos.
Como fazer a coleta da amostragem de solo
Amostras simples da gleba de terra (talhão homogêneo)
Primeiramente, remova a palha que está sobre o solo. Feito isso, num caminhamento aleatório, retire 15 a 20 amostras simples, da mesma profundidade e igual volume, e forme a amostra composta.
Amostra composta
A amostra composta deve ser muito bem misturada e homogeneizada, mediante a quebra dos torrões. Desta amostra retirar de 400 a 500 g de terra para envio ao laboratório. Recomenda-se que a amostra composta seja representativa de uma gleba homogênea de no máximo 30 a 40 hectares.
Como proceder a amostragem
Em um balde limpo, sem resíduos de adubos ou corretivos, coloca-se as amostras simples da camada de solo de 0-20 cm e, desse conjunto, será feita a amostra composta.
Nos mesmos pontos em que foram coletadas as amostras de 0-20 cm de profundidade devem ser feitas as coletas em 20-40 cm, evitando-se a contaminação com solo das laterais ou da superfície. As amostras simples de 20-40 cm devem ser acondicionadas em outro balde.
Com qual frequência amostrar o solo?
Em solos de cultivo intensivo, ou de altas produtividades, a amostragem deve ser feita ao menos uma vez ao ano, alguns meses antes do plantio, independente da cultura.
Época ideal de coleta
O momento recomendado para amostragem de solo é após a colheita da última cultura, daquela safra, durante o período das chuvas, visando facilitar a coleta.
Caso tenha havido intensa precipitação pluvial, recomenda-se que a amostragem seja feita de 1 a 2 dias após a chuva, com o objetivo de diminuir a umidade do solo e favorecer a coleta.
Outro ponto importante é evitar coletas em manchas de solo, locais encharcados, voçorocas ou curva de nível. Se houver interesse nesses pontos, então deve-se realizar a coleta de amostras separadamente.
Amostra composta a ser enviada ao laboratório
A amostra composta que será enviada ao laboratório deve ser colocada em saco plástico limpo e devidamente identificado com informações, como nome do produtor, da fazenda, da gleba e profundidade amostrada.
Conclusão
Se a amostragem da área for bem representativa, isso resultará em recomendação adequada de corretivos e fertilizantes, evitando-se aplicações subdimensionadas ou demasiadas destes insumos, o que impactará na produtividade das culturas e na sua lucratividade como produtor.
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