Se toda lavoura precisa de um bom planejamento, de pesquisas e, de tecnologias para garantir os melhores resultados, é quase unanimidade entre produtores rurais que, boa parte dos resultados e da produção no campo – seja para a soja, trigo, milho ou outras culturas – começa com um preparo adequado e preciso do solo.
Mesmo com um bom planejamento prévio, com um preparo adequado e com o uso assertivo de fertilizantes, o solo é a base de toda safra de qualidade. Neste texto vamos falar um pouco sobre isso. Confira:
Produtividade x Fertilidade – Em agricultura, é muito comum ouvirmos falar da fertilidade do solo, como se fosse a mesma coisa da produtividade. Há diferenças entre as duas ideias. Por exemplo, na colheita de milho, uma lavoura na 2ª safra, em alguns casos, pode apresentar menor produtividade do que a primeira, ainda que tenha sido feita na mesma área, na mesma temporada e sobre as mesmas condições de plantio.
A produtividade final em campo, recebe influência de outros fatores, além da fertilidade, como a falta de chuvas, por exemplo. Um solo com alta fertilidade nem sempre terá uma alta produtividade na colheita. Lembre-se disso.
Manejo do solo e adubação – O uso de fertilizantes, reforça e auxilia o solo da lavoura na maioria das vezes, no entanto, deve ser feito com cuidado, e sempre em períodos específicos, visto que, um manejo inadequado pode levar à degradação de nutrientes da terra. O uso prolongado de substâncias como inseticidas, fungicidas e defensivos pode ainda desequilibrar a terra e prejudicar sua fertilidade.
Como fazer um planejamento adequado?
Muitos solos, especialmente os brasileiros não possuem níveis adequados de todos os nutrientes ou condições de matéria orgânica. Uma gestão integrada da fertilidade do solo visa maximizar a eficiência do uso agronômico de nutrientes e melhorar a produtividade das culturas. Assim, precisamos manejar adequadamente a terra e, para isso, nada melhor do que um plano. O planejamento nos faz pensar com calma em cada ponto de necessidade e é determinante para tudo sair bem, sem desperdícios e surpresas desagradáveis.
Em geral, uma boa fertilização do solo deve considerar uma análise prévia, e assim, avaliar quais os nutrientes precisam ser compensados de forma artificial. Na maioria dos casos, é necessário suprir macronutrientes variados (P, K e S). Verifique também a necessidade de reforço na composição de elementos como Mg e Ca na lavoura.
Algumas culturas podem ter exigências nutricionais específicas também. A soja, por exemplo, é muito sensível a processos como supercalagem. No caso dessa cultura, sempre monitore bem em torno do valor de pH por volta de 6. Tenha sempre em mãos sua análise de solo e faça os cálculos para uma fertilização correta.
Falando ainda sobre a cultura da soja, alguns especialistas recomendam que, antes de realizar o plantio de uma nova safra, sejam refeitos terraços danificados ou erroneamente eliminados, o que ajudará a reduzir casos de erosão do solo e outras perdas. Leia mais sobre o tema no nosso texto especial sobre manejo de soja.
Testes com o solo, na área de cultivo, devem ser feitos com qual frequência?
Em geral, é recomendada a realização de testes no solo pelo menos a cada três meses e, de dois a três meses antes do início de plantio. Assim, você tem a possibilidade de realizar tratamentos necessários e até tratar questões como o pH do solo, e outras eventuais necessidades. O intervalo das análises pode variar de acordo com o tipo de manejo de solo e sistema de produção/plantio a ser adotado, sendo, na maioria das vezes, realizado anualmente.
Faça o planejamento da necessidade de fertilizantes! Em seguida é importante entender o tipo de solo que você tem na lavoura. Na sequência, verifique também a necessidade de processos como a calagem do solo – para controlar a acidez – e até a necessidade de adubos. As plantas precisam de quantidades adequadas e níveis de teores de nutrientes certos.
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