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PRINCIPAIS DICAS PARA RECUPERAR A PASTAGEM DEGRADADA PELO VERÃO!


O verão é uma estação comum, no país inteiro, por seus extremos: o forte calor pode prejudicar a umidade do solo, que pouco tempo depois fica encharcado e, não raramente, alagado devido às fortes chuvas em algumas regiões. 

Principais dicas para recuperar a pastagem após o verão

Recuperar a pastagem degradada pelos eventos climáticos extremos do verão não é uma tarefa que começa apenas no fim da estação mais quente do ano. Trata-se de um trabalho contínuo. Até porque a situação pode chegar a um estágio em que a recuperação não seja mais viável. Daí o caminho é abrir mais pasto ― o que custa caro do ponto de vista ambiental e financeiro ― ou renová-lo completamente.

Então, se você percebe que o pasto está baixo, com solo compacto, áreas sem vegetação, plantas com pouco vigor, ocorrência de plantas invasoras de folhas largas e infestação de pragas, é hora de recuperar a pastagem. A seguir, indicamos dez ações que podem ajudar neste desafio.

1 – Analise a situação

Fazer a análise do solo é o primeiro passo para ter informações técnicas de quais são as deficiências existentes e como se pode reverter a situação. Basta pensar que uma estratégia equivocada de nutrição pode piorar ainda mais o quadro. Com a análise do solo, você vai descobrir exatamente quais nutrientes são necessários para recuperar a pastagem.

2 – Faça a correção do solo

A correção do solo compreende a calagem, gessagem, fosfatagem, potassagem e correção de micronutrientes e matéria orgânica. De acordo com a Embrapa, este trabalho deve ser feito entre março e junho. Neste período, as condições são ideais para que a correção produza um efeito positivo e ainda garante tempo nos outros meses para cuidados paralelos que precisam ser observados, cada um em sua época adequada.

3 – Rotacione o pasto

O pastejo rotacionado é essencial para garantir o crescimento da forrageira nas áreas degradadas e para favorecer a aplicação de cuidados indispensáveis para a manutenção do pasto. Assim, uma ideia é dividir a área em piquetes para que o rebanho frequente uma área de cada vez. Quando você perceber que o espaço já está bastante consumido, mova os animais para o piquete seguinte, sempre preservando a área que precisa de recuperação.

4 – Faça o manejo da altura de pastejo

Para facilitar a identificação da hora certa de mover o rebanho, utilize uma régua de pastejo. Basicamente, trata-se de uma peça de metal ou madeira pintada de vermelho e espalhada pelo pasto. No meio dessa régua, você pinta uma faixa verde. A parte acima da faixa verde indica a “altura de entrada”, ou seja, é um bom momento para colocar os animais ali. Quando a vegetação ficar abaixo da faixa verde, atingiu-se a “altura de saída”, demonstrando a hora de rotacionar.

5 – Controle pragas e plantas daninhas

Pragas e ervas daninhas são dois elementos que intensificam a degradação do pasto. Por isso, precisam de um tratamento com dessecantes químicos, controle cultural e inseticidas, conforme o caso. O que não pode acontecer é ignorar o risco que esses invasores causam à saúde do pasto e, por consequência, ao próprio rebanho.

6 – Previna contra novas degradações

Até aqui, todas as dicas que apresentamos fazem parte do conjunto de esforços que servem não apenas para recuperar a pastagem como também para evitar que ela volte a ficar em uma situação problemática. Outros cuidados incluem o controle de lotação da área, a atenção contra o pastejo prematuro (especialmente após recuperação ou renovação das plantas) e o cumprimento do cronograma de adubação para conservação do solo.

7 – Planeje-se para manter a prevenção

O planejamento significa observar o cronograma de cuidados com o pasto. Conforme a indicação da Embrapa, a avaliação da pastagem precisa ser feita o ano inteiro, antecipando-se aos sinais mais significativos de degradação. A avaliação de fertilidade do solo deve ocorrer entre fevereiro e abril. A correção, como dissemos, entre março e junho. A fertilização, entre outubro e novembro, mesma época da adubação e manutenção (que também é recomendada a cada pastejo).

8 – Reserve forragem para períodos de pouco crescimento

Como você percebeu pelo que falamos até aqui, pode ser que em algum momento o seu rebanho seja privado de consumir o pasto de determinada área. Mesmo se isso não causar um impacto muito grande pelo fato de você ter uma pasto grande, ainda há o risco de a pastagem crescer em um ritmo mais lento que o consumo pelos animais, o que acelera a degradação. Para evitar isso, reserve forragens (milho, feno ou cana-de-açúcar, por exemplo) para esses períodos.

9 – Plante leguminosas para auxiliar na nutrição do solo

Algumas espécies são muito indicadas para melhorar as condições físicas do solo e auxiliar na reposição de nitrogênio. Entre elas, destacam-se o feijão guandú, a crotalária, o calopogônio e os estilosantes. A integração lavoura-pecuária, por exemplo, também pode ser um caminho. Uma ideia seria plantar milho junto com as plantas comuns para formação da forrageira. Com a colheita dessas culturas, o solo e o pasto devem estar recuperados.

10 – Cuide com a erosão do solo

A calagem e a fosfatagem são procedimentos indispensáveis para garantir uma boa cobertura vegetal, essencial para prevenir a erosão. Mas caso ela já esteja ocorrendo, o primeiro passo é remover a água que está causando a voçoroca por meio de bacias de captação de água pluvial ou terraceamento. Paralelamente a isso, é interessante isolar a área para que o problema não se agrave e para evitar que os animais se machuquem ao cair nas voçorocas.



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