O controle de plantas daninhas envolve tratos culturais, físicos, mecânicos e químicos, bem como preventivos. Mesmo após cumprir uma ou várias dessas etapas, é preciso haver acompanhamento, pois dificilmente essa praga é eliminada completamente da lavoura.
Afinal, o que são plantas daninhas?
Plantas daninhas (também chamadas de ervas daninhas, mato, planta invasora, erva má, entre outros nomes) são aquelas espécies que crescem e competem juntamente à cultura principal. Justamente por isso, elas causam perdas de qualidade e produtividade.
Essas perdas ocorrem porque as ervas daninhas consomem os mesmos nutrientes que a lavoura utiliza. Há, ainda, a disputa por espaço e umidade, sem considerar que, em muitos casos, essas invasoras fazem sombra, prejudicando o desenvolvimento da plantação.
Não é incomum também que elas facilitem a infestação de pragas, já que muitas vezes elas atuam como hospedeiras, resistindo a insetos, fungos e doenças que, mais tarde, vão ser transmitidos ao cultivar. Os nematoides, por exemplo, são muito comuns.
Por fim, elas também são conhecidas como plantas pioneiras, pois são naturais daquele solo, que foi mexido para a plantação da nova cultura. Esta é a razão de ser tão difícil fazer um controle de plantas daninhas definitivo, pois o solo está infestado de sementes e rizomas delas. Dessa forma, há muito mais facilidade de recolonização dessas plantas.
Sabendo disso, como tratar desse problema?
Do mesmo modo que se faz o Manejo Integrado de Pragas (MIP), o Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD) é o caminho ideal. Embora o controle químico seja fundamental e eficaz, utilizar apenas ele pode resultar em duas consequências:
- O aumento do custo de produção;
- A seleção de ervas daninhas resistentes, que permanecem mais fortes.
Chegou a hora, então, de detalharmos os processos que mencionamos lá no início do artigo, sobre as formas de controle de plantas daninhas. Vamos conferir?
Formas de controle de plantas daninhas
O Manejo Integrado de Plantas Daninhas envolve os seguintes controles:
- Preventivo: limpeza rigorosa de equipamentos para evitar que eles sejam vetores de sementes no campo de cultivo.
- Físico: funciona com a exposição do solo à luz direta do sol, a inundação da área ou o uso do fogo.
- Cultural: ligado aos métodos de plantio, atuando para que eles não sejam potencializadores das ervas daninhas. Isso envolve a escolha de espécies adaptadas à região, rotação de culturas, espaçamento correto (para não dar espaço às daninhas) e plantio na época certa. O uso de adubo orgânico também merece atenção, pois ele pode trazer terra contaminada com sementes ou rizomas indesejados.
- Mecânico: envolve o uso de enxadas e cultivadores (enxada fixa ou rotativa) e até mesmo o arranque manual das ervas daninhas.
- Químico: o uso de herbicidas é bastante eficaz nesse controle, desde que se conheça exatamente como é a ação do químico nas plantas daninhas. A correta aplicação também conta muito para a efetividade do tratamento.
Você precisa considerar que não é necessário utilizar exatamente todos esses métodos de controle ao mesmo tempo. Na verdade, é preciso selecionar os mais adequados para a cultura que você tem e aplicá-los da melhor maneira, conforme as características da sua área de plantio.
Qual planta daninha está atrapalhando?
O controle de plantas daninhas também passa pelo conhecimento a respeito de qual espécie ocorre na sua propriedade. Aqui no blog nós já falamos da tiririca, que é bastante comum, mas há outras muito presentes, como a buva, o capim amargoso, o capim-de-galinha, o azevém e o amendoim bravo. Para cada espécie, o conjunto de ações a serem tomadas é diferente.
Assim, tão importante quanto conhecer os melhores herbicidas para tratar do problema é contatar um engenheiro agrônomo, que pode indicar estratégias para resolver de forma precisa, conforme a situação específica do seu cultivar. Essa tomada de ação é extremamente útil porque, além do que já dissemos, o controle de plantas daninhas pode evitar:
- Pragas e doenças trazidas pelas ervas daninhas;
- Liberação de substâncias que afetem a germinação e crescimento do plantio;
- Baixo desenvolvimento da cultura principal por conta da competição por nutrientes;
- Baixa produtividade pelo pouco desenvolvimento do cultivar;
- Má qualidade da colheita por estresse ou deficiência hídrica e nutricional;
- Aumento de gastos com técnicas específicas de colheita.
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