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FOSFATAGEM | Saiba para que serve e como utilizar em sua plantação

Para que a plantação se desenvolva saudável, o fósforo é um elemento vital. Ele atua na formação das raízes, na produção e qualidade da colheita e, ainda, no aumento da resistência às pragas e doenças. Naturalmente, os solos tropicais apresentam deficiência de fósforo e, por isso, o processo de fosfatagem se torna imprescindível para a saúde da cultura.

A falta de fósforo pode prejudicar a produtividade da plantação, comprometendo a colheita e os lucros. Por isso, o uso de fertilizantes fosfatados é indispensável para o sucesso da produção. Quer saber mais sobre esse assunto? Neste post, vamos explicar como funciona a fosfatagem e quais as vantagens desse tipo de prática corretiva. Confira!

Qual a importância do fósforo nas plantas?

O fósforo é um nutriente que age no armazenamento e fornecimento de energia, além de participar da respiração e fotossíntese das plantas. Ele ainda é capaz de estimular o crescimento saudável da lavoura, incentivando também a nodulação de raízes e a eficiência da fixação biológica de nitrogênio, como é o caso das leguminosas. 

O que é a fosfatagem?

Boa parte do território brasileiro situa-se em região tropical. Nesses locais, os fatores para a formação de solos, essencialmente o clima, agem de forma bastante intensa. Dessa forma, os solos brasileiros, em sua maioria, possuem altos níveis de intemperismo, que diminuem os teores de nutrientes na terra, entre eles, o fósforo. 

As práticas corretivas têm o objetivo de corrigir o solo antes que outras etapas, relacionadas ao manejo, sejam realizadas. A fosfatagem tem a função de elevar a eficiência do adubo fosfatado, favorecendo o desenvolvimento da cultura. O método potencializa as aplicações de fósforo por meio de fertilizantes de maior solubilidade, fornecendo o nutriente para absorção imediata das plantas. 

Como funciona a fosfatagem?

As altas temperaturas e a frequência constante de chuvas aceleram os processos de formação do solo. O alto índice de intemperismo, como são conhecidos esses fenômenos, faz com que os solos brasileiros tenham baixa fertilidade e sejam ricos em óxido de ferro e alumínio. 

Dessa forma, os solos com baixos teores de fósforo, ao ter contato com fertilizantes fosfatados com essas outras substâncias, formam compostos que a planta não consegue absorver plenamente. Assim, as adubações podem se tornar ineficientes, levando a danos na lavoura e prejuízos financeiros. O processo de fosfatagem feito da forma adequada evita esse cenário e aumenta a saúde da cultura. 

Como realizar a aplicação da fosfatagem?

Como o fósforo é pouco móvel, sua incorporação no solo é mais fácil, fazendo dele mais eficiente quando se trata de respostas de produtividade. A fixação do fósforo no solo brasileiro aumenta com o tempo de contato do nutriente com as partículas que se encontram na terra. Para que a fosfatagem ofereça melhores resultados, é preciso realizar a aplicação do fósforo antes que seja feito o plantio da safra, ou seja, depois da calagem e gessagem.

Dessa forma, as plantas conseguem absorver o nutriente antes que ele se fixe no solo. Existem três maneiras de realizar a fosfatagem. Para escolher a aplicação mais indicada, avalie as condições do solo e do sistema de produção. Em terras com grande poder de fixação de fósforo, por exemplo, pode ser mais recomendada a aplicação em faixas.

Fosfatagem com aplicação em faixas

A fosfatagem com aplicação em faixas tem o objetivo de evitar maior contato do fósforo com o solo e, automaticamente, sua fixação na terra. Esse método possibilita que o fósforo seja colocado apenas nas faixas e no plantio. 

Nas áreas em que o plantio direto ocorre, o recomendado é que a aplicação seja feita de forma alternada, ou seja, nas faixas e na área total. Essa é uma forma de garantir que o nutriente tenha contato com a planta logo nos seus primeiros estágios, favorecendo seu crescimento.

Fosfatagem com aplicação em sulco

Esse método de aplicação da fosfatagem em sulco favorece o contato da planta com o fósforo no início do desenvolvimento, beneficiando a saúde da cultura. Nesse caso, a dose da fosfatagem pode ser colocada junto à adubação de base, ou seja, no sulco. Esse processo pode ser feito parcelado em até cinco colheitas. 

A fosfatagem em sulco é uma maneira prática e econômica de aplicação, porém pode gerar apenas pequenas faixas de terra com os níveis recomendados de fósforo, não atingindo toda a área do cultivo.  

Fosfatagem com aplicação em área total

Esse tipo de aplicação é o mais utilizado e possibilita que doses altas de fósforo sejam despejadas no solo, sem comprometer a saúde da safra. A fosfatagem com aplicação em área total também permite o crescimento de raízes com um reservatório maior de nutrientes e umidade. 

Quais são as vantagens de realizar a fosfatagem no solo?

A realização da fosfatagem é de extrema importância para o solo, já que auxilia no fornecimento do nutriente com fontes menos solúveis, além de favorecer o aumento da quantidade de fósforo na terra e atuar no preenchimento dos espaços de absorção, propiciando maior eficiência na adubação fosfatada. As principais vantagens desse método são:

  • aumento na quantidade de fósforo em contato com o solo;
  • volume elevado de solo explorado pelas raízes;
  • melhor absorção de água e nutrientes;
  • maior aproveitamento do fósforo aplicado no sulco de plantio.

O que impacta a quantidade de fósforo no solo?

Alguns fatores podem impactar a disponibilidade de fósforo no solo. Quanto maior for a quantidade de argila no solo, por exemplo, maior será a fixação do fósforo. O tipo de argila também influencia na maneira como o nutriente fixa no solo.

A aeração e a umidade alteram a quantidade de fósforo na terra. Quanto maior o nível de água no solo, mais o fósforo se solubiliza e fica disponível. Além disso, os níveis de fosfato e de outros nutrientes, como o pH do solo, também podem comprometer a disponibilidade de fósforo.

Portanto, a fosfatagem é essencial para aumentar os níveis de fósforo na terra, favorecendo o crescimento saudável da plantação. Essa prática corretiva evita desperdícios e aumenta a produtividade, proporcionando melhores rendimentos. Além disso, realizar o processo de forma correta é fundamental e, por isso, o método deve ser feito poucos dias antes do plantio da cultura.



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