O café é a principal atividade agrícola do Espírito Santo. Segundo o Incaper, emprega cerca de 400 mil pessoas direta ou indiretamente. E ainda está presente em 60 mil, das 90 mil propriedades rurais do Estado.
Os produtores capixabas são responsáveis por 22% da produção de café brasileiro, ou seja, o Espírito Santo é o 2° maior produtor da bebida, com importante produção de arábica e conilon. A cafeicultura é responsável por 35% do PIB agrícola capixaba, e atualmente conta com 435 mil hectares em produção nas terras do Espírito Santo.
Portanto, não é um exagero dizer que produzir café está no sangue do capixaba e pensando nisso, separamos 5 dicas para aumentar a sua produção de café:
1. Planejamento:
Planejar não faz mal a ninguém, as vezes por impulso não tomamos as melhores decisões. Por isso, é fundamental ter um bom plano. Isso, na produção de café está diretamente ligado a uma análise detalhada das condições climáticas, tipo do solo, sistema de irrigação, produtividade e etc.
Além, é claro, do mercado que se quer explorar, orgânico, commodity e/ou cafés especiais. Para tanto, é essencial o auxílio de um especialista, seja um técnico ou um engenheiro agrônomo, alguém que irá montar um cronograma de atividades para potencializar a sua produção. Outro ponto importante do planejamento é o financeiro, organizar o fluxo de caixa e ter na ponta do lápis tudo que entra e saí da sua fazenda.
2. Como começar:
Depois do planejamento, basta iniciar a Lavoura de Café! E isso, meu amigo, não é uma tarefa fácil! Para não ter erro segue a listinha: - Corrigir o solo de acordo com as análises feitas previamente pelo especialista; ou seja, solo desnivelado ou com falta de nutrientes precisa ser corrigido para na hora da colheita não ter surpresas; - Definir o tipo de colheita (mecânica ou manual) e preparar o solo prevendo o espaçamento necessário para o tipo escolhido. Isso define a quantidade de mudas que você irá plantar para cada tipo de colheita e o seu custo-benefício.
O plantio deve ser orientado de acordo com o relevo e a exposição solar da região; conhecer a sua região é indispensável, isso faz a diferença na sua produtividade. - Fazer a adubação no sulco/cova corretamente, com o intuito de adicionar nutrientes em profundidade para o café; - Escolher grãos resistentes à ferrugem, isso poderá prevenir gastos com controle dessa doença no futuro. - Pensar em treinamentos contínuos na mão-de-obra. Conhecimento não faz mal a ninguém, ao contrário, é investimento!
3. O Grão certo faz
toda diferença!
Essa é uma decisão muito difícil, justo que depende muito do tipo de café que o produtor quer produzir. Por isso, é tão importante o planejamento com o histórico de cada área, com a infraestrutura da propriedade e com a escolha do mercado que se quer explorar. Assim fica mais fácil definir os tipos de grãos e das técnicas de processamento do café. Tento isso em mente é só escolher!
4. As podas do café
Depois da colheita o que aflige o produtor são as podas, por ser uma importante ferramenta do produtor, ela deve ser usada de forma correta para que tenha os melhores resultados na lavoura. Cada poda tem uma finalidade diferente, elas também se distinguem entre o café arábica e o conilon. Dependendo do tipo de poda, a lavoura só voltará a produção após dois anos. Outro ponto a avaliar, é o tempo para a podar, fazer após o fim da colheita, segundo pesquisa do Incaper, pode ser melhor para a recuperação da lavoura de café.
5. Comercialização do
café:
Em qualquer negócio é preciso prever os riscos. Um levantamento feito pela Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostrou que mais de 60% dos produtores de café escolhem vender o café no momento da colheita ou armazenam para vender no mercado físico.
O grande risco é perder dinheiro, caso o valor negociado pelo café na época da colheita esteja em baixa. Uma opção é a venda no mercado futuro. Ou seja, o preço é fixado antecipadamente, dessa forma o cafeicultor já sabe o valor que irá receber independente da oscilação do mercado. A orientação é fazer a venda futura com parte da saca e reservar uma parte para vender no mercado físico, caso o valor do café esteja em alta.
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