As plantas medicinais são aquelas que apresentam fator farmacológico, ou seja, têm propriedades que auxiliam na cura e no tratamento de enfermidades. Explicaremos, a seguir, como o uso de ervas e plantas se fortaleceu entre os povos e como cultivar esses bens preciosos para nossa saúde. Se você já cultiva outras plantas, acesse nosso site e veja os melhores utensílios para potencializar o seu trabalho!
Embora a prática tenha se popularizado no Brasil, e no mundo, muitas pessoas ainda confundem com tratamentos fitoterápicos. Os tratamentos realizados a partir de plantas medicinais, na verdade, são feitos com a própria espécie vegetal. As formas mais tradicionais são: infusão (chás e bebidas, a partir da erva) e maceração (retirada fisicamente de substâncias consideradas princípios ativos).
Já a fitoterapia, apesar de ser oriunda de plantas e vegetais, passa por processos farmacotécnicos. Todos os fitoterápicos devem ter sua eficácia e segurança comprovadas através de testes e ensaios.
As plantas medicinais
no Brasil
Apesar de ser um hábito milenar, que passa de cultura para cultura e, principalmente de geração para geração, o uso das plantas e de suas propriedades também é aprovado pelo Ministério da Saúde.
Em 2006, foi criada a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. O objetivo principal dessa medida foi garantir ao povo brasileiro o acesso seguro e a utilização racional de plantas medicinais e tratamentos fitoterápicos.
Fora isso, a política também tinha o intuito de promover o uso sustentável da biodiversidade do país (uma das maiores do mundo), desenvolver a cadeia produtiva, além da indústria nacional. Confira quais são as principais propostas da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos:
- Implementar o uso de plantas medicinais, bem como tratamentos com componentes vegetais no Sistema Único de Saúde (SUS). Garantindo segurança e eficácia.
- Promover e reconhecer práticas populares que envolvam plantas medicinais.
- Fomentar pesquisa e o aprimoramento de tecnologias de todos os setores da cadeia produtiva.
- Promover o uso sustentável da biodiversidade.
De acordo com o Ministério da Saúde, os medicamentos produzidos à base de plantas medicinais são seguros para a saúde humana, desde que sejam utilizados corretamente. Os produtos usados no SUS são testados, previamente, para garantir a confirmação da eficácia e dos riscos para as pessoas.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária é o órgão responsável pelo controle dessas medicações.
Quais são as
vantagens do tratamento com plantas medicinais?
Preserva a cultura: As plantas medicinais, embora já seja conhecida, aprovada e recomendada pelas instituições de saúde brasileiras, resgata e preserva uma parte da nossa cultura, de muitos anos atrás. Diversas culturas já utilizavam essa técnica muito antes dela ser adotada por hospitais e sistema de saúde.
Fácil acesso: A segunda vantagem do tratamento através de ervas medicinais é o fácil acesso. Afinal, certas plantas podem até mesmo ser plantadas e cultivadas dentro de casa. O preparo caseiro é uma forma, inclusive, de gerar renda e emprego para muitas pessoas.
Baixo custo: A facilidade relatada acima nos leva ao terceiro benefício: o custo. Normalmente, remédios tradicionais custam muito caro. Ter a fonte de cura e tratamento na própria casa, torna o processo bem mais barato.
Quais são as plantas medicinais mais comuns?
Como falamos, o uso de plantas para aliviar sintomas e tratar certas enfermidades é um hábito muito antigo, milenar! No entanto, não podemos cair no erro de que todos os produtos oriundos de fonte vegetal fazem bem à saúde.
Cada planta possui uma propriedade específica e pode não trazer benefícios quando usada de forma incorreta. Inclusive, há plantas com alto poder abortivo. Dessa forma, é preciso procurar um médico ou um especialista na terapia em questão e evitar a automedicação.
Veja, abaixo, uma lista com as ervas e plantas medicinais mais comuns, seus benefícios e como cultivá-las.
Aranto
Possui propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e cicatrizantes. Alivia sintomas da gripe (tosse, alergias, rinite e dor de cabeça) e auxilia no tratamento do estresse e insônia. Muitos acreditam que esta planta ajuda no combater ao câncer.
O aranto faz parte da família das suculentas e seu cultivo é um dos mais fáceis. Ela é conhecida como mãe de mil ou mãe de milhares devido brotarem mudas na borda de suas folhas. Essas mudas podem ser usadas para o cultivo, ou então plantar uma folha como estaquia.
Esta planta se desenvolve bem em qualquer solo, no entanto é bom plantar em um vaso com boa drenagem com um substrato arenoso contento terra vegetal e areia grossa em partes iguais. A rega deve ser espaçada e a planta gosta muito de sol e luz.
Arnica
Possui propriedades anti-inflamatórias e analgésicas. Uso recomendado para tratar de contusões, edemas e hematomas. Para cultivar, prefira solos mais arenosos e muito bem iluminados. A rega deve ser frequente. A colheita é feita no início da floração.
Arruda
Excelente para aumentar a resistência dos vasos sanguíneos. Além disso, é um bom tratamento para varizes. No entanto, tem propriedades abortivas e pode ser altamente tóxica, quando não recomendada.
A arruda se adapta bem a muitos tipos de solos. Fora isso, deixar a planta em ambiente que bata sol por algumas horas.
Babosa
Tradicionalmente usada para estética da pele e dos cabelos. Aliada em casos de queimaduras por sol ou por fogo. A babosa se adapta melhor a climas mais quentes e não gosta de regas muito frequentes. Pode, tranquilamente, ser cultivada em casa.
Boldo
O chá de boldo, forma mais comum de tratamento com a planta, é uma excelente opção para quem tem problemas digestivos. No entanto, em casos de exagero e ingestão frequente, pode causar irritação gástrica e problemas futuros no tubo digestório.
O boldo pode ser cultivado em canteiros e vasos. A planta costuma florescer ao longo do ano todo e se adapta bem a irrigação frequente.
Capim-limão
O capim-limão, assim como o boldo, é geralmente usado em chás para tratar problemas digestivos e intestinais. Além disso, a planta também apresenta propriedades calmantes. O cultivo do capim-limão pode ser realizado ao longo do ano inteiro, em solos frescos e longe de muita umidade. Não se adapta a clima muito frio.
Erva-cidreira
Talvez essa seja uma das plantas medicinais mais utilizadas. Isso se deve à sua extensa lista de propriedades: ação antibacteriana, alivia sintomas de doenças respiratórias (asma, bronquite), além de suavizar dores de garganta e de cabeça, por exemplo.
O cultivo da erva-cidreira é simples. A erva pode ser plantada em hortas e vasos, bem como o boldo. É mais comum na região sul do Brasil.
Guaco
Outra planta medicinal com propriedades capazes de tratar doenças como gripe, asma, bronquite, entre outros problemas respiratórios. Possui ação broncodilatadora e expectorante. Planta de cultivo muito fácil. Afinal, se adapta a solos diversos, mas prefere aqueles mais úmidos. Além disso, cresce a iluminação pela ou meia sombra
Lavanda
Essa é uma das ervas mais famosas (inclusive é muito utilizada na indústria de beleza). Possui propriedades relaxantes e calmantes. Além disso, pode ajudar também a aliviar sintomas de doenças intestinais. A lavanda também é muito vista na produção de óleos essenciais.
O seu cultivo é fácil, mas demanda atenção. A lavanda gosta e precisa de bastante sol e iluminação. Cuidado para não deixar o solo muito úmido, para que as suas raízes não apodreçam.
Ora-pro-nóbis
Muito utilizada como remédio, mas também alimento por possuir grande quantidade de fibras, além de vitaminas A, B, C, ferro, cálcio, cobre, magnésio, manganês e potássio. Também promove saciedade e é rica em proteínas essenciais, sendo utilizada no combate à desnutrição. Possui propriedades antioxidantes, reduz níveis de colesterol, trata doenças gastrointestinais, protege a pele, melhora a visão, fortalece o sistema imunológico e ajuda a prevenir certos tipos de câncer.
O plantio da ora-pro-nóbis é feito por estacas em solo com matéria orgânica e após enraizar é transplantado para o local definitivo. Em tempos chuvosos, pode ser plantada direto no local definitivo. Seu cultivo é simples devendo fazer manutenção a cada dois meses, com podas a cada 3 meses em períodos chuvosos e irrigação em períodos secos.
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