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CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS: Saiba a importância e o manejo dela na agricultura.

 


As ervas daninhas são plantas que crescem em locais indesejados, e causam muitos problemas à produtividade e ao rendimento dos grãos. Essas invasoras disputam com a cultura pela absorção de água, luz, espaço e nutrientes do solo. Além disso, germinam, crescem e florescem rápido. Por isso, o controle de ervas daninhas é uma das atividades mais importantes para garantir uma boa safra.

Esse manejo engloba a adoção de uma série de técnicas ao longo do ciclo produtivo, que permitem o melhor desenvolvimento da cultura e a eliminação da planta daninha. Confira a seguir a importância desse controle e os métodos mais recomendados!

A importância do controle de ervas daninhas

As plantas daninhas são um grande problema para a cultura de cereais. As perdas dependem bastante da espécie, da distribuição e da densidade da erva. Mas o motivo por trás dos danos reside na competição por nutrientes, luz solar e nutrientes. As características dessas invasoras potencializam o grau de comprometimento ao rendimento da lavoura:

  • Germinam rapidamente;
  • Apresentam crescimento e florescimento rápidos; produzem muitas sementes;
  • Têm muitas raízes, que se distribuem de forma abundante;
  • Em virtude do seu abundante sistema radicular,
  • Tem um grande potencial de absorver água e nutrientes do solo;
  • Disseminam-se muito rapidamente; são mais resistentes a condições climáticas adversas;
  • Algumas liberam toxinas prejudiciais à lavoura; sua distribuição no talhão atrapalha a colheita.

Por esses e outros motivos, reduzem a qualidade dos grãos e causam uma maturação desuniforme na cultura. Por isso, quando o produtor faz o controle das ervas daninhas, é possível garantir diversos benefícios.

Os melhores métodos para o controle de ervas daninhas

Não existe uma maneira única para fazer o controle de ervas daninhas na lavoura. Há, na verdade, uma série de alternativas que devem ser utilizadas em conjunto antes, durante e após o cultivo. Além do mais, vale lembrar que o uso de herbicidas, que é uma das opções, não é uma solução isolada e deve ser utilizada com cautela a fim de evitar a seleção de plantas resistentes. Confira, abaixo, alguns desses métodos.

Controle preventivo

Para reduzir o surgimento de plantas daninhas, é preciso tomar algumas medidas preventivas para evitar a entrada de sementes de invasoras na área de cultivo. A prevenção inclui:

  • Limpeza completa de maquinários e implementos agrícolas;
  • Plantio de sementes certificadas;
  • Impedir o trânsito de animais entre áreas infestadas e áreas livres de daninhas.


Controle cultural

Quando o produtor se aproveita de condições ambientais ou procedimentos específicos para promover o crescimento da cultura, a tendência é que os danos causados por plantas daninhas sejam menores. Isso se baseia na ideia de que as primeiras plantas e as mais bem-adaptadas vão predominar no ambiente.

Assim, esse tipo de controle parte do conhecimento detalhado sobre as características da cultura e das invasoras envolvidas. Lembre-se de que o princípio é usar práticas que favoreçam a cultura em detrimento das ervas daninhas.

Por exemplo, a escolha da cultivar deve levar em conta as condições do solo, características do clima da região, tipo de adubação a ser realizado, profundidade de semeadura, espaçamento entrelinhas e época em que será feita a semeadura — ou seja, qualquer procedimento que favoreça a cultura.

O espaçamento entrelinhas, por exemplo, pode ser reduzido ao máximo para diminuir o espaço das plantas daninhas e aumentar a cobertura do solo. Outra prática de controle cultural bem-vinda é a rotação de culturas. Uma vez que algumas plantas daninhas se adaptam melhor a uma cultura específica, se houver uma rotatividade, a invasora não conseguirá se perpetuar. Por outro lado, o cultivo de uma mesma cultura por anos gera a predominância de ervas daninhas que se adaptam àquela espécie.

Controle manual e mecânico

Esse método é muito utilizado em pequenas propriedades e demanda muita mão de obra. Depois de 40 ou 50 dias da semeadura, os agricultores fazem de duas a três capinas com enxada ou outro equipamento de tração, dando preferência aos dias quentes e secos com o solo estando em baixa umidade.

A ideia é retardar o crescimento das ervas daninhas e deixar que o desenvolvimento da cultura, como o milho, contribua para a redução de condições propícias à germinação delas. Obviamente, é preciso atenção para não danificar a cultura.

Controle químico

O meio mais eficiente para o controle de ervas daninhas em plantação de cereais, como a soja, são os herbicidas. Eles devem ser usados nas fases pré e pós-emergência, e são combinados com os outros métodos apresentados. Suas vantagens são:

  • Apresentam a maior eficiência operacional;
  • Impedem a competição de invasoras desde o início da cultura;
  • Permitem o controle em época chuvosa;
  • Não danificam as raízes da cultura;
  •  Não revolvem o solo; controlam as ervas daninhas na linha de cultivo.

As desvantagens estão principalmente no alto custo. Se o produtor não fizer o manejo correto das invasoras adotando outros métodos e deixar para controlar tudo com herbicidas já na “boca da soja”, os custos podem aumentar em até 400%, conforme afirma a Embrapa Soja.

Por isso, é importante que o produtor esteja atento às melhores técnicas de controle de ervas daninhas e faça esse manejo desde a implantação da lavoura, a fim de garantir os melhores resultados possíveis na safra.

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