Para que cresçam e se desenvolvam de maneira adequada e saudável, as plantas precisam de nutrientes. Entre os cerca de 17 minerais que são essenciais para as plantas, destacam-se três macronutrientes: nitrogênio, fósforo e potássio (representados pela sigla NPK).
Quando morrem e se decompõem, as plantas devolvem os nutrientes ao solo, fazendo que outras plantas os utilizem no seu desenvolvimento até que também morram e se decomponham, seguindo esse ciclo natural. Porém, no momento que são colhidas, desmatadas ou podadas, essa sequência é interrompida, por isso a adubação é tão importante.
Quais são os tipos de adubo?
Os adubos podem ser divididos em dois tipos: orgânicos ou
naturais e químicos ou inorgânicos. Independentemente do tipo de adubação, o
objetivo será sempre fornecer NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) para as
plantas.
A principal diferença entre os naturais e os químicos é o
tempo de absorção dos nutrientes. Com a fertilização orgânica, as plantas
absorvem os minerais de maneira mais lenta; já com a adubação inorgânica essa
absorção é mais rápida — no entanto, a atuação do adubo orgânico é mais
duradoura.
O adubo orgânico é composto de matéria de origem vegetal ou
animal e melhora a qualidade da terra, privilegiando a oxigenação das raízes.
Os adubos químicos são oriundos da extração de minérios ou do petróleo e os
seus nutrientes já começam a ser absorvidos pelas plantas no momento da
adubação; como ele não penetra na terra, o que não é absorvido acaba sendo
desperdiçado.
Adubos NPK
Cada componente do fertilizante NPK exerce uma função. O
nitrogênio (N) é o responsável pelo crescimento e desenvolvimento de raízes,
caules e folhas. A planta absorve, ainda no começo da vida, a maior parte do
nitrogênio de que precisa e o armazena em seus tecidos de crescimento. Ele é
recomendado para estimular a brotação e o enfolhamento e é ótimo para folhagens
e gramados.
O fósforo (P) é fundamental na formação da clorofila e
aumenta a capacidade da planta para absorver os elementos férteis do solo, uma
vez que age no desenvolvimento radicular. Ele tem papel essencial na qualidade
dos frutos e maturação das sementes, devendo ser mais utilizado em culturas com
o objetivo de criação de raízes, aumento de floradas e frutificação e produção
de sementes. Não menos importante é o potássio (K), que contribui na formação
de tubérculos e rizomas, fortalece os tecidos vegetais e ainda aumenta a
resistência contra a seca.
Quais as fórmulas de NPK?
Os adubos NPK têm diferentes fórmulas, com quantidades
variadas dos nutrientes e que devem ser utilizados de acordo com a necessidade
de cada planta. Os fertilizantes NPK mais conhecidos são:
NPK 4-14-8 (quatro partes de nitrogênio, 14 partes de
fósforo e oito partes de potássio): ideal para espécies que produzem flores e
frutos, como hibisco, azaleias, violetas e cítricos. Os fabricantes dizem que
essa formulação é ideal para ser aplicada no momento do plantio e no preparo do
solo devido ao seu alto teor de fósforo;
NPK 10-10-10 (partes iguais dos três elementos): essa
fórmula é destinada a espécies que não florescem e não produzem frutos, como as
samambaias. Também é ideal para plantas já formadas e pode ser usada em flores,
folhagens, hortaliças e frutíferas;
NPK 15-15-20 (15 partes de nitrogênio, 15 partes de fósforo
e 20 partes de potássio): essa fórmula é rica em potássio e considerada bem
prática, uma vez que pode ser usada também no cultivo hidropônico, indicada
especialmente para hortas
Como usar o adubo NPK
Primeiro, deve-se ter em mente qual é a época em que cada
planta mais demanda os nutrientes. Por exemplo, durante os meses de outono e
inverno, as plantas diminuem suas atividades e precisam de menos adubo; ou
seja, os meses chuvosos são os ideais para o uso de fertilizante NPK — nos
demais, recomenda-se a adubação natural. As adubações devem ser realizadas antes
do período de florescimento e após a colheita ou poda, para compensar as perdas
de nutrientes.
O excesso de químicos pode interferir no metabolismo da
planta, prejudicando seu desenvolvimento e provocando, inclusive, queimaduras.
Deve-se respeitar as instruções e recomendações feitas pelos fabricantes. O
Brasil é o quarto maior mercado de fertilizantes, perdendo apenas para China,
Índia e Estados Unidos. Segundo a Associação Nacional para a Difusão de Adubos
(Anda), o País deve atingir a marca histórica de 36,2 milhões de toneladas de
NPK vendidas em 2019. A utilização dos adubos químicos cresceu 450% por aqui
nos últimos 30 anos; nesse mesmo período, o aumento médio mundial não passou de
50%.
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