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Saiba a influencia do excesso e do deficit hídrico para a agricultura


Tanto o excesso quanto o déficit hídrico são prejudiciais para a produção agrícola, por interferirem diretamente no desempenho das plantas. Entendendo sobre os fatores que contribuem p nara essas duas situações, você pode atuar diretamente para a conservação dos recursos hídricos.

Excesso hídrico

Certamente as plantas apresentam mecanismos que possibilitam viver e até mesmo produzir sobre uma ampla faixa de umidade do solo.

No entanto, quando a quantidade de água no solo for acima do exigido pela cultura, então teremos o excesso hídrico, o que pode prejudicar a plantação. Por isso o efeito desse excesso sobre as plantas depende do estádio de desenvolvimento da cultura como também sua duração.

Principalmente em regiões úmidas, as culturas são afetadas pelo excesso de água devida às inundações ou pela saturação do solo após chuvas intensas. O excesso de água pode ter como origem o tipo de solo, chuvas intensas, manejo deficiente, técnicas de irrigação inadequadas bem como topografia desfavorável.

Portanto, as consequências desse excesso podem ser verificadas em várias etapas da produção e em intensidades distintas conforme o material genético.

  • Na semeadura ou plantio (caso da cana-de-açúcar) podem resultar no assoreamento (deposição de excesso de solo sobre material propagativo) como resultado necessitando um replantio;
  • Prejudica o desenvolvimento de raízes e da parte aérea, bem como a fixação de nitrogênio, no caso de leguminosas
  • Potencializa o efeito de doenças;
  • Maior lixiviação de nutrientes;
  • Reduz a produtividade.
Fisiologicamente, a baixa disponibilidade do oxigênio causa redução da respiração e volume total de raízes bem como comprometendo a absorção de nutrientes. Se o excesso hídrico durar muitos dias pode causar danos irreversíveis e, às vezes, a morte das plantas, dependendo do tipo de solo, fase fenológica e espécie cultivada.

Deficit Hídrico


Assim se denomina por déficit hídrico quando a precipitação é menor do que a evapotranspiração das plantas num determinado período.

Ou seja, quando ocorre a falta de água no momento em que a planta necessita para se desenvolver. Portanto, para identificar se haverá probabilidade de ocorrer a falta de água em determinado momento deve-se realizar o balanço hídrico.

Assim, o balanço hídrico permite identificar quais as épocas de seca e maior disponibilidade hídrica, possibilitando o planejamento da época de semeadura e de colheita.

Por meio do balanço hídrico, se ajustam os manejos da irrigação de acordo com a necessidade da cultura, racionalizando o uso da água. Com o intuito de elaborá-lo, determina-se a camada de solo de concentração das raízes da espécie (95% ou mais do sistema radicular), a série histórica das chuvas e da evapotranspiração.

Dessa forma podem ser obtidos os dados de precipitações por regiões pelo INPE  ou estação meteorológica instalada na própria propriedade.

Conforme vimos, a falta de água pode interferir no desenvolvimento das plantas em diferentes fases do ciclo, desde os processos iniciais de germinação de sementes até na floração.

  • Redução da porcentagem de germinação das sementes;
  • Menor desenvolvimento da parte aérea;
  • Causa aborto e abscisão das flores;
  • Prejudica o enchimento de grãos;
  • Morte de plantas

Então, quando a quantidade de água no solo diminui, a absorção de água pelas plantas é dificultada, devido ao aumento da força de retenção. Portanto, quanto maior forem as taxas de evapotranspiração dessa forma será necessidade de fornecimento de água também.

Práticas de manejo sobre o excesso e déficit hídrico

Decerto que existem práticas que possibilitam ajustar a quantidade de água necessária às plantas, permitindo a obtenção de altas produtividades.

Portanto, quando se tem excesso, devido à má drenagem do solo ou tipo de solo, é recomendável realizar sistemas de drenagem, além de utilizar nestas áreas, culturas mais resistentes ao excesso de água. Ao mesmo tempo que realizar a semeadura na época correta.

De tal forma que em situações de falta de água, práticas como utilização de cultivares mais resistentes à seca e uso de irrigação são importantes.

O rendimento da lavoura irrigada é 1,8 vezes maior do que em sequeiro, ou seja, quase o dobro de produtividade. Por isso, o manejo da irrigação se feito de modo correto, não ocorre como desperdício de água.

Por fim do monitoramento constante do clima, como precipitação, temperatura e umidade, o uso da irrigação é mais eficaz.

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