Os produtores rurais sempre estão em busca de novas tecnologias e processos que possam oferecer mais eficiência, qualidade e produtividade à lavoura. E nesse sentido, a fertirrigação tem trazido bons resultados para o campo.
O que é fertirrigação
A maioria dos agricultores já utilizou a irrigação, que nada mais é do que a rega das plantas a partir de uma técnica controlada, que oferece água em quantidade dosada e no momento e local corretos para garantir mais produtividade e qualidade à lavoura. A fertirrigação utiliza o mesmo sistema, mas a grande diferença é que, além da água, também transporta os fertilizantes.
Desse modo, a fertirrigação é um método de adubar a lavoura por meio da irrigação. Para isso, é possível utilizar fertilizantes líquidos ou sólidos diluídos em água ― neste caso, é necessário garantir que o produto seja facilmente solúvel ― por meio de diversas técnicas, como o gotejamento e a microaspersão.
O gotejamento é um dos sistemas mais eficientes, pois os gotejadores acabam sendo posicionados exatamente na área de concentração dos sistemas radiculares das plantas, contribuindo para o melhor aproveitamento dos fertilizantes.
Já a microaspersão funciona bem quando existe um microaspersor por planta. O problema é que é comum o uso de um equipamento para mais de uma planta, o que pode fazer com que a solução fique concentrada perto do microaspersor e não chegue às raízes de cada uma delas. Nesse caso, é preciso assegurar a eficiência do sistema em distribuir a solução uniformemente para todas as plantas.
Quais são as vantagens da fertirrigação
Agora que você já saber o que é fertirrigação, é hora de conhecer os benefícios dessa técnica, tanto pelo ponto de vista técnico como em relação à economia. A principal vantagem é que esse método acelera o ciclo dos nutrientes, o que promove resultados mais rápidos e eficientes se comparados à aplicação convencional, feita via solo.
Isso ocorre porque, na aplicação via solo, o fertilizante sólido é espalhado perto da planta e, nesse caso, precisa esperar pela chuva ou pela irrigação para poder penetrar no solo. Por conta dessa dependência, a penetração pode ser muito variável, conforme o volume e a intensidade da chuva ou da rega.
Assim, é possível que os nutrientes presentes no adubo acabem não chegando ao sistema radicular das plantas, o que prejudica a eficiência da fertilização. Outro problema é que, em algumas situações, os fertilizantes sólidos são espalhados em regiões em que não há concentração de raízes e, dessa forma, mais uma vez a eficiência do produto é afetada.
Já na fertirrigação, como o fertilizante está diluído na água, a solução penetra no solo de maneira uniforme, abrangendo todo o sistema radicular da planta, o que faz com que a absorção dos nutrientes ocorra de forma mais rápida e eficiente. Essa técnica também contribui para a conservação do solo, já que reduz o número de pessoas e máquinas sobre ele e evita a lixiviação.
Combinada a esses benefícios técnicos, outra vantagem desse sistema é a redução de custos em comparação com a aplicação convencional. O investimento para a implementação do sistema é significativo, mas acaba sendo compensado pela economia com a mão de obra e com os próprios fertilizantes.
Na fertirrigação, o uso desses produtos é menor, ao mesmo tempo em que a aplicação é mais frequente e eficiente, otimizando os resultados. E como se trata de uma técnica utilizada há, pelo menos, três décadas no Brasil, é possível encontrar com facilidade os materiais utilizados para a implantação desse sistema, assim como os fertilizantes solúveis adequados à fertirrigação.
Como implantar a fertirrigação
Para implementar o sistema de fertirrigação na sua propriedade, é essencial contar com o apoio de um profissional especializado, pois há muitas variáveis implicadas nesse método. É preciso verificar quais são os melhores equipamentos, quais são as necessidades do solo e de cada cultura e quais são os fertilizantes mais indicados para cada caso.
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