Existem várias incógnitas em relação à tecnologia de aplicação. Qual o melhor bico? Qual a melhor vazão? Qual a melhor velocidade de aplicação? Entre várias outras, tudo isso, objetivando a melhor aplicação possível, reduzindo os fatores causadores da deriva, que são responsáveis por desviar os produtos do seu o alvo biológico (inseto, ácaro, planta daninha, fungos ou bactérias, dentre outras). Destacamos abaixo, algumas maneiras de reduzir seus efeitos e aumentar a eficiência da aplicação para algumas situações.
Altura da barra de pulverização do alvo
Quanto maior for a altura da barra em relação ao alvo mais a aplicação será afetada pela velocidade do vento. Sendo assim a deriva pode ser menor quando a gota percorre uma distância menor até chegar no alvo, entretanto quando reduzimos a altura da barra sem realizar a mudança nos espaçamentos dos bicos, pode-se produzir uma faixa sem o tratamento, principalmente se forem utilizadas pontas de jato leque. Este problema pode ser reduzido usando-se uma ponta de maior ângulo.
Dessa forma, abaixando-se a barra deve-se observar se o leque está sendo formado. Para bicos comuns recomenda-se que a altura da barra deve ser igual ao espaçamento entre bicos. Assim, se os bicos estiverem espaçados a 50 cm, essa deve ser a altura da barra em relação ao alvo.
Pressão de pulverização
A pressão de pulverização exercida sobre o bico hidráulico fornece energia para quebrar a calda em gotas, e dessa forma podemos utilizar esse fator para regular o tamanho da gota pulverizada. Quanto maior a pressão exercida sobre a saída do bico, menores serão as gotas formadas e o contrário ocorre com a redução de pressão.
Então podemos dizer que reduzindo a pressão, a deriva é reduzida, uma vez que gotas maiores serão formadas. No entanto, se um bico é operado abaixo da pressão recomendada, a pulverização da calda será reduzida, fazendo com que haja uma baixa sobreposição e uma má distribuição ao longo da barra, formando algumas faixas que são visíveis no resultado quando se realiza a aplicação de herbicida.
Tamanho das gotas
Não existe um tamanho de gota que seja o melhor em todas as situações, para escolhermos o tamanho de gota, temos que nos atentar a qual a finalidade da aplicação, qual o alvo a ser acertado, onde esse alvo se localiza, como exemplo, as diferentes lagartas na cultura da soja que tem hábitos distintos, as características do produto e quais as condições ambientais no momento da aplicação.
No entanto podemos estabelecer uma faixa ótima do tamanho de gota, que está entre 50 e 200 micras, sendo que, gotas menores que 50 micras facilmente são evaporadas e levadas pelo vento e maiores que 200 micras não fornecem uma boa cobertura do alvo.
Velocidade e direção do vento
Entre os fatores que afetam a qualidade de aplicação a velocidade do vento normalmente é a mais crítica de todas a condições meteorológicas, e deve ser sempre monitorada durante a aplicação. Quando há a formação de uma névoa que não atinge o alvo, e ela está sendo carreada com o vento, devemos nos atentar e realizar a mudança de bico para trabalhar com uma menor pressão e consequentemente produzir gotas maiores.
Umidade e temperatura
Umidade relativa e temperatura atuam juntas afetando a deriva, provocando a evaporação da água e diminuindo o tamanho das gotas, quando a umidade é baixa e a temperatura é elevada. A temperatura influencia a deriva de outras maneiras, além de seu efeito na perda por evaporação das gotas. A volatilidade do produto aumenta com o acréscimo da temperatura.
Pontas de deriva reduzida
Os principais fabricantes de bicos de pulverização possuem em seu portfólio algumas pontas de pulverização de baixa deriva. Estas pontas são projetadas para criar gotas médias a grossas com a mesma taxa de fluxo e pressão operacional que as de jato plano padrão. Um exemplo dessas pontas são as com indução de ar, que proporcionam a formação de gotas mais grossas, além do eletrovortex que é um conjunto eletrostático que carrega as gotículas com carga e tem uma assistência de ar para que estas atinjam as folhas das plantas com eficiência.
Comentários
Postar um comentário