A correção de solo tem como objetivo principal estabelecer o equilíbrio entre cátions e íons no solo para que as plantas se desenvolvam de forma saudável evitando a presença de pragas e doenças e assim aumentar a produtividade do plantio.
Por questões geológicas, os solos brasileiros tendem a ser mais ácidos, ou seja, apresentam maior quantidade de íons, principalmente o hidrogênio (H), que nem sempre são ideais para o desenvolvimento de uma determinada cultura, como a do mogno africano.
Processos climáticos ou até mesmo químicos podem alterar a configuração dos nutrientes presentes na terra. Para identificar o grau de equilíbrio entre eles é recomendado analisar o solo para avaliação da sua fertilidade.
Por meio da análise de solo pode-se saber como está a saúde da terra. Para isso é preciso coletar uma amostra de solo que deverá ser enviada a um laboratório especializado, o qual irá identificar os nutrientes presentes nela. A partir dos resultados dessa análise, é possível montar um diagnóstico, no qual identificamos se há ou não a necessidade de alguma correção, com base nas características da cultura que se pretende plantar.
Para entender melhor sobre a questão dos nutrientes, considere por exemplo uma espécie que se desenvolve melhor em solos mais ácidos (PH > 7). Ela não apresentará o mesmo desempenho em solos menos ácidos (PH < 7). Ainda pode haver a presença de substâncias tóxicas que podem inibir o crescimento das plantas e até gerar prejuízos ao produtor.
Por isso, é preciso um estudo prévio e um bom planejamento antes de realizar as correções e o plantio. As quantidades de adubo e calcário variam de acordo com o resultado da análise, por isso é preciso procurar um profissional qualificado como engenheiro agrônomo ou engenheiro florestal para orientação dos procedimentos necessários para a correção da área.
Em se tratando de uma cultura específica como é o caso do mogno africano para que a correção seja mais assertiva e adequada exige experiência com a cultura em questão.
Por que vale a pena fazer a correção de solo?
Como visto anteriormente, solos ácidos nem sempre são ideais para a cultura que se deseja plantar comercialmente e pode até inibir o crescimento das plantas como é o caso de florestas de mogno africano, por exemplo. Essa acidez tende diminuir a absorção de cálcio (Ca) nas raízes, que são responsáveis pelo fortalecimento da planta.
Por isso, recomenda-se analisar tanto o solo quanto às características da cultura que se deseja plantar no local.
Em alguns casos pode haver a presença de substâncias tóxicas em excesso como alumínio (Al) e manganês (Mn) que impedem o desenvolvimento do sistema radicular da planta, ou seja, prejudica a formação da raiz – responsável pela absorção de nutrientes como potássio (P), nitrogênio (N), cálcio (Ca) e magnésio (Mg), tornando as mudas mais suscetíveis a tombamentos, impactando diretamente na produtividade da cultura em questão.
Para a correção de solo geralmente é recomendada por meio da gessagem e/ou calagem, a qual consiste em aplicar substâncias para aumentar o teor de cálcio e enxofre, a fim de haver mais interação e absorção de nutrientes. Para isso é preciso seguir as orientações de um especialista que irá prescrever qual é melhor o corretivo mais indicado para aquela determinada situação e se os insumos são a base de calcário dolomítico, calcítico, magnesiano, entre outras opções.
Vale lembrar que ambos os processos de correção de solo, como a gessagem e a calagem, podem ser realizadas conjuntamente não interferindo entre si.
O solo corrigido permite que as plantas cresçam mais rapidamente e sejam mais resistentes a pragas e doenças, principalmente no caso do mogno africano. Dessa forma, é de suma importância realizar a análise de solo logo no início do planejamento para verificar a viabilidade do projeto. Veja agora o passo-a-passo de como coletar uma amostra de solo.
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