O sistema de produção de mudas é o inicio do crescimento de uma planta, que se desenvolve em local específico, para depois ser transplantada para o canteiro ou área definitiva. Atualmente, é o sistema mais indicado e utilizado, principalmente no cultivo protegido. Consiste na semeadura em bandejas de poliestireno expandido (isopor) ou plástico. Ambos com tamanho e profundidades diferentes, que varia de acordo com a exigência de cada cultivar.
Essa parte do processo é muito importante, pois o local tem como objetivo proteger as mudas contra doenças e intempéries. Normalmente a produção de mudas é feita em casa de vegetação ou em algum lugar protegido. O local deve ter luminosidade suficiente para garantir uma boa germinação, podendo ser parcial/indireta. As bandejas devem ficar em bancadas com 30cm (ou mais) acima do solo, para facilitar a semeadura e o manejo, evitando danos às raízes, doenças e contato com plantas invasoras, por exemplo.
As mais utilizadas são de poliestireno expandido (isopor) ou plástico, porém com diferentes tamanhos e números de células. A escolha é de acordo com a espécie de hortaliça, permitindo espaço para o desenvolvimento adequado das raízes e plantas.
Durante a escolha das cultivares a serem plantadas, deve-se levar em consideração alguns pontos, como:
– No centro das células, realize manualmente uma pequena cova, com furos na profundidade de 0,5 cm a 1,0 cm (de acordo com o tamanho das sementes a serem semeadas). Existem marcadores para produção profissional, que permitem a marcação das covas com maior rendimento, agilidade e uniformidade;
– Coloque de 2 a 3 sementes por célula. Em caso de sementes híbridas e peletizadas, pode-se semear apenas uma;
– Após a semeadura, cubra as sementes com uma fina camada de substrato, sem compactar. Retire o excesso com um nivelador, deixando o substrato uniformemente distribuído na bandeja;
– Com borrifador faça uma rega com água, deixando o substrato úmido. Caso não tenha um borrifador, use um pequeno regador, mas com uma rega cuidadosa para não afundar as sementes ou fazer com que caiam da bandeja. Coloque as bandejas prontas no local onde escolheu para mudas se desenvolverem.
– Á medida que as mudas se desenvolvem, a água disponível se esgota em períodos cada vez mais curtos, ainda mais se a sua região tem temperaturas altas. A irrigação frequente é necessária, pelo menos duas vezes ao dia, com regador de bico fino ou por microaspersão, mantendo o substrato úmido e não encharcado;
– Após 5 e 10 dias da semeadura, dependendo do ciclo da espécie, deve-se realizar a eliminação das plantas excedentes em cada célula, processo conhecido como desbaste. Elimine mudas mais fracas, deixando somente uma planta por célula e garantindo a uniformidade. Trabalhe com o substrato úmido, pois facilita o arrancamento e não prejudica as raízes das mudas selecionadas;
– Verificação das mudas diariamente: de ocorrência de insetos, pragas, doenças e/ou anormalidades nas mudas;
– Quando as mudas estiverem mais desenvolvidas, a frequência de irrigação deve ser diminuída, para que ocorra o “endurecimento” da muda.
Consiste na operação de retirar a muda e plantá-la no local definitivo, conforme características citadas na etapa anterior. Neste processo, é necessário realizar uma seleção das mudas, eliminando as mais fracas ou com sintomas indesejados. Não devem ser transplantadas mudas “passadas”, pois originarão plantas adultas tardias e com menor produtividade. A hora do dia mais favorável para o transplante é antes do anoitecer, quando a temperatura se torna amena e não há incidência de luz solar intensa e direta.
Comentários
Postar um comentário