Pular para o conteúdo principal

Controle de Plantas Daninhas


Controle de plantas daninhas


O controle de plantas daninhas é uma prática de grande importância para a obtenção de bons resultados na lavoura de soja. Planta daninha é qualquer ser vegetal que cresce onde não é desejado. Estas invasoras constituem um grande problema porque competem pela luz solar, pela água e pelos nutrientes, podendo, a depender do nível de infestação e da espécie, dificultar a operação de colheita e comprometer a qualidade do grão.

O Engenheiro Agrônomo Tiago Rafael Seibel comenta a importância do controle adequado destas plantas indesejadas. “Controlar as plantas daninhas significa reduzir a infestação utilizando práticas culturais que mais se adaptem às condições da propriedade e que sejam viáveis economicamente, não onerando os custos de produção”.

As principais plantas daninhas encontradas na região de abrangência da Cotrisoja são a leiteira, picão preto, saco-de-padre, guanxuma, corda-de-viola e a buva. Com o passar dos anos, a buva, atualmente apontada como a principal inimiga da cultura da soja, tornou-se resistente ao herbicida glifosato, ingrediente mais utilizado para controle de plantas daninhas nas lavouras da oleaginosa. Para obter sucesso no controle da buva, em primeiro lugar deve-se manter a planta em um porte pequeno, o que facilita o controle. Para isso o importante é deixar uma boa cobertura no inverno, tanto com trigo quanto aveia ou cevada. Em um segundo momento deve-se ter um controle planejado, com aplicações sequenciais em áreas de pousio. Com buva de maior porte a indicação é realizar uma primeira aplicação de 2,4-D e na sequencia uma aplicação com produto a base de Paraquat. Importante no momento da aplicação de Paraquat é utilizar um produto pré-emergente a fim de retardar a germinação do banco de sementes que ainda fica retido no solo. Além do controle químico, a buva requer uma série de cuidados no manejo de toda a lavoura, durante o ano todo, sendo manejada também no inverno a fim de evitar a infestação e não servir de abrigo para pragas, que são de difícil controle.

Entre os principais danos causados pelas plantas daninhas podemos citar:

– Diminuição do rendimento: constituem o fator mais importante, em razão dos custos destas e pelos gastos que as plantas daninhas podem ocasionar;
– Luz: a sombra causada pelo mato retardam o desenvolvimento das plantas desejadas, além de diminuir a atividade fotossintéticamente ativa;
– Umidade: além de competir por água, no momento da colheita estão verde, dificultando a colheita e aumentando o teor de umidade do lote;
– Nutrientes: extraem nutrientes do solo sem transformar em produto útil. Portanto, significa perda de dinheiro,
Outros fatores também oneram a produção:
– Cultivo: para operações de controle necessita-se de tratores, combustíveis, pulverizador, mão-de-obra, herbicidas, aumentando assim o custo de produção.
– Diminuição da qualidade do produto: devido as impurezas por ocasião da colheita.
– Pragas e doenças: além de todos esses danos a presença de pragas e doenças trazem prejuízos na cultura.

O método mais utilizado para controlar as invasoras é o químico, isto é, o uso de herbicidas. Suas vantagens são a economia de mão de obra e a rapidez na aplicação. Para que a aplicação dos herbicidas seja segura, eficiente e econômica, exigem-se técnicas refinadas. O reconhecimento prévio das invasoras predominantes é condição básica para a escolha adequada do produto, que resultará no controle mais eficiente das invasoras.

A eficiência dos herbicidas aumenta quando aplicados em condições favoráveis. É fundamental que se conheçam as especificações do produto antes de sua utilização e que se regule corretamente o equipamento de pulverização, quando for o caso, para evitar riscos de toxicidade ao homem e à cultura.Os herbicidas são classificados quanto a época de aplicação, em pré-plantio, pré-emergentes e pós-emergentes.




Informações importantes:

– não aplicar herbicidas pós-emergentes na presença de muito orvalho e/ou imediatamente após chuva;

– não aplicar na presença de ventos fortes (>8 km/h), mesmo utilizando bicos específicos para redução de deriva;

– pode-se utilizar baixo volume de calda (mínimo de 100 L ha-1) quando as condições climáticas forem favoráveis e desde que sejam observadas as indicações do fabricante (tipo de bico, produtos);

– a aplicação de herbicidas deve ser realizada em ambiente com umidade relativa superior a 60%. Além disso, deve-se utilizar água limpa;

– não aplicar quando as plantas, da cultura e invasoras, estiverem sob estresse hídrico;

– para cada tipo de aplicação, existem várias alternativas de bicos, os quais devem ser utilizados conforme indicação do fabricante. Verificar a uniformidade de volume de pulverização, tolerando variações máximas de 10% entre bicos;

– aplicações seqüenciais podem trazer benefícios em casos específicos, melhorando o desempenho dos produtos pós-emergentes e podendo, em certas situações, reduzir custos. Consiste em duas aplicações com intervalos de cinco a 15 dias, com o parcelamento da dose total;

– o uso de equipamento de proteção individual é indispensável em qualquer pulverização.

A Assistência Técnica Agrícola da Cotrisoja conta com profissionais capacitados, entre engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas, que acompanham a produção dos associados e dão suporte desde o plantio até a comercialização da safra. “É importante que o associado busque a informação junto ao Departamento Técnico da Cooperativa, a fim de obter um controle de sucesso no manejo”, finaliza Seibel.


Fonte: http://www.cotrisoja.com.br/controle-de-plantas-daninhas/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TABELAS DE INTERPRETAÇÃO DE ANÁLISE DE SOLO

Classificação das leituras de pH em água e em CaCl 2 pH em água Classificação* < 5 acidez elevada 5,0 a 5,9 acidez média 6,0 a 6,9 acidez fraca 7,0 neutro 7,1 a 7,8 alcalinidade fraca > 7,8 alcalinidade elevada pH em CaCl 2 Classificação* < 4,3 acidez muito alta 4,4 a 5,0 acidez alta 5,1 a 5,5 acidez média 5,6 a 6,0 acidez baixa 6,0 a 7,0 acidez muito baixa 7,0 neutro > 7,0 alcalino * Relação solo:solução = 1:2,5 Interpretação de análise de solo para P extraído pelo método Mehlich, de acordo com o teor de argila, para recomendação de fosfatada em sistemas de sequeiro com culturas anuais. Teor de argila Teor de P no solo Muito baixo Baixo Médio Adequado Alto % ------------------------------------mg/dm³------------------------------------ ≤ 15 0 a 0,6 6,1 a 12,0 12,1 a 18,0 18,1 a 25,0 > 25,0 16 a 35 0 a 0,5 5,1 a 10,0 10,1 a 15,0 15,1 a 20,0 > 20,0 36 a 60 0 a 0,3 3,1 a 5,0 5,1 a 8,0 8,1 a 12,0 > 12,0 > 60 0 a 0,2 2,1 a 3,0 3,1 a 4,0 4,1 a 6,0 > 6,0 Fonte: Sou

Como Medir o pH do Solo e Corrigir sua Acidez: Guia Passo a Passo

Como Medir o pH do Solo e Corrigir sua Acidez: Guia Passo a Passo Medir o pH do solo é fundamental para garantir a saúde e a produtividade das plantas cultivadas. Um solo com pH adequado proporciona uma melhor absorção de nutrientes pelas plantas, favorecendo seu crescimento e desenvolvimento. Com o Medidor de pH do Solo , esse processo se torna ainda mais simples e preciso. Neste guia, vamos ensinar como medir o pH do solo e corrigir sua acidez, além de apresentar tabelas úteis para auxiliar na interpretação dos resultados. Passo 1: Preparação do Solo Antes de medir o pH do solo, certifique-se de que o solo esteja úmido , mas não encharcado. Evite realizar a medição logo após a aplicação de fertilizantes ou corretivos, pois isso pode interferir nos resultados. Passo 2: Utilização do Medidor de pH do Solo Ligue o Medidor de pH do Solo. Insira a sonda do medidor no solo, a uma profundidade de aproximadamente 5 a 10 centímetros . Aguarde alguns segundos até que o medidor estabilize e ex

COMO A ANÁLISE DE SOLO VAI SALVAR SUA LAVOURA (VAMOS TE ENSINAR)

Ainda é comum que muitos agricultores façam a adubação de suas culturas sem a realização da análise do solo. Por mais que seja uma prática habitual, o correto é sempre planejar e realizar a adubação a partir das características do solo e das necessidades da planta. Deseja se especializar em análise de solo? BAIXE O NOSSO MATERIAL CLICANDO AQUI Por que a análise do solo é tão importante? A análise do solo é considerada a medida mais prática, rápida, direta e barata de se fazer uma análise racional da fertilidade do solo e de transferir tecnologia por meio de insumos para que o agricultor possa ter uma lavoura com alta produtividade. A maior utilização da análise do solo é no sentido de orientação no emprego de fertilizantes e calagem. Ou seja, através da análise do solo pode-se determinar a quantidade do elemento no solo e estimar as necessidades de calagem e dos nutrientes essenciais necessários para a obtenção de uma produção economicamente rentável para o agricultor. Entre em nosso c